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Frações Parciais

Frações Parciais

O que é ?

Figura 1.
Quando temos uma função racional (Figura 1), ou seja, uma razão entre polinômios, po- demos utilizar uma ferramenta matemática para expressar essa função como a soma de frações mais simples (conhecidas como frações parciais ou frações ele-mentares). Como o exemplo da Figura 2.

Figura 2.

As funções racionais podem ser classificadas nas seguintes categorias:

  • Função Racional Própria: É quando o grau do polinômio do numerador é inferior ao grau do polinômio do denominador. Por exemplo:
Figura 3.
  • Função Racional Imprópria: É a função racional, cujo grau do numerador não é menor que o do denominador, ou seja, ele é maior ou igual, por exemplo:
                                                     
                                                                      Figura 4.
Figura 5.

Exitem técnicas específicas, de expansão em frações parciais, para cada tipo de função racional, que só se aplicam a um ou a outro tipo.


Pra que serve ?


Esta técnica é utilizada no cálculo e em outras matérias para facilitar a integração de funções desse tipo (funções racionais). O cálculo de transformadas, principalmente transformadas inversas, de Fourier, de Laplace e Z, são mais facilmente executadas se utilizarmos esse recurso matemático.

Como fazer no SciLab ?


A função no Scilab que realiza a expansão em frações parciais é a pfss(), mas antes de usa-la é preciso definir a função racional (FR), temos como referência o programa abaixo. Com o auxílio da função poly(), definimos a variável dependente, no caso, "x" (linha 0014). Na sequência, construímos a FR normalmente (linha 0015), e a armazenamos em uma variável. Por fim, colocamos a variável com a FR como entrada da função pfss() (linha 0016).

Figura 6.

Figura 7.

A Figura 7 apresenta o script do programa principal, já a Figura 8 exibe o resultado da expansão em frações parciais para as FT alocadas nas variáveis A e B.

Função pfss (decomposição em frações parciais)


Na figura 8 encontra-se a sintaxe da função  pfss(). Na sequência são explicados os parâmetros de entrada da função.
  
Figura 8.
- S1: Um sistema linear dinâmico no estado-espaço ou a representação de uma função de transferência (que pode ser construida com a função syslin()).

- rmax: Um número real que controla o condicionamento da diagonalização do bloco (ver bdiag()).

-cord: Uma seqüência de caracteres com possíveis valores 'c' (para tempo contínuo) ou 'd ' (para tempo discreto).


Scripts testados com: Scilab 5.5.2 (64-bit)
                                       Scilab 6.0.0 (64-bit)*

*Com esta versão, o programa da figura 6 construiu a função "E" (linha 0027), mas não executou a linha seguinte, que aplica a função  pfss() . 

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